Caminhos para Prevenção ao Câncer de Mama e Colo do ÚteroCâncer de mama
O mês de outubro é marcado pelo Outubro Rosa, um projeto que tem como objetivo informar a população sobre o câncer de mama, orientando-a sobre a importância de sua detecção precoce através da realização da mamografia. Iniciativas como essa se devem aos elevados índices de mortalidade por este tipo de neoplasia, que, juntamente com outro tipo de câncer ligado ao sistema reprodutivo feminino, o de colo do útero, tem se tornado motivo de preocupação por vitimar milhares de mulheres a cada ano.
O câncer, no entanto, é uma doença que, se precocemente diagnosticada, tem elevado grau de cura. A prevenção é a melhor forma de se evitar que o câncer chegue a estágios mais avançados, em que não há mais tratamento curativo (INCA, 2008)[1]. A realização dos exames de mama (exame clínico e mamografia) e de colo do útero (exame citopatológico, conhecido como Papanicolaou), nesse sentido, é a principal forma de prevenir a doença, de modo que o diagnóstico precoce permite um tratamento mais efetivo e garante uma melhor qualidade de vida as mulheres que possuem a neoplasia. A mortalidade por câncer de mama e de útero é, pois, um grande desafio a ser enfrentado pelas ações públicas dirigidas à saúde da mulher. No estado de Minas Gerais, a estimativa, para 2008, foi de 4.280 novos casos de câncer de mama e uma taxa bruta de incidência de 42,46 para cada 100 mil mulheres e 1.360 novos casos de câncer de colo do útero, com uma taxa bruta de incidência de 13,48 para cada 100 mil mulheres (INCA, 2007).
Câncer de mama
Outubro Rosa conscientiza mulheres sobre a importância de fazer o autoexame
O Ministério da Saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Instituto Nacional do Câncer (INCA), desenvolve o Programa Nacional de Controle do Câncer do Útero e da Mama – Viva Mulher, o qual se destina justamente a desenvolver estratégias para prevenção e tratamento dos cânceres de mama e útero. São ofertados serviços de precaução e detecção precoce em estágios iniciais da doença, bem como tratamento e reabilitação, para mulheres acima de 25 anos, em todo o território nacional e custeado pelo Governo Federal. O objetivo do Viva Mulher é fornecer os meios para as mulheres realizarem os exames preventivos e, caso seja detectada a doença, se tratarem adequadamente de modo a alcançar a cura. As mulheres que apresentam alteração no resultado dos exames são encaminhadas para a realização de exames mais acurados e, se necessário, são operadas e recebem o tratamento necessário para a cura. Além das conseqüências físicas da doença, também propõe cuidar das repercussões psíquicas e sociais desses cânceres, estimulando a própria mulher a cuidar de sua saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001)[2]. No estado de Minas Gerais, o Programa Viva Mulher iniciou suas ações em 1998.
Para melhor visualizar a importância de uma política pública que promova a feitura de exames preventivos ao câncer de mama e de colo do útero, como o Programa Viva Mulher, foi criado, neste trabalho, um Índice de Prevenção ao Câncer (IPC) no estado de Minas Gerais, demonstrado na tabela abaixo. O objetivo desse índice é apurar em que medida as mulheres estão realizando os exames através do SUS, acompanhando seu desenvolvimento dentro de um intervalo temporal, bem como apontar a eficiência do programa em reduzir a mortalidade por câncer – deduzindo-se que, se há aumento no índice com o passar dos anos, pode-se dizer que mais mulheres estão fazendo os exames; logo, mais mulheres descobrirão a tempo a doença e se curarão, diminuindo os óbitos.
